sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

NeutrinoPhaseOne


Mais alguns trabalhos desta série de 2009, expostos também em EYES ONLY na Fábrica Braço de Prata até 3 de Jeneiro 2010.

A few more works of this series of 2009, also exhibited in EYES ONLY in the Fábrica Braço de Prata, Lisbon until 3 of January 2010.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Transparências em Prata na SPA


Eduardo Sequeira, o personagem do filme Transparências em Prata, nasceu em Lisboa em 1956 e faleceu em 1992. Jovem actor promessa do cinema português, colaborou em diversos grupos teatrais, tanto em revista como em comédia e em vários filmes, e a sua morte prematura impediu-o de assistir à ante-estreia deste filme, que teve uma história complicada.
Rodado em duas partes, em 1982 com dinheiro do realizador e de sua mãe, e 1988, quando teve finalmente assistência financeira do Instituto Português de Cinema para a sua conclusão, deparou posteriormente com inúmeros problemas laboratoriais antes de ser dado como terminado. Considerado como não-comercial, encontrou falta de receptividade dos distribuidores. A ausência de um circuito paralelo de distribuição de filmes de autor em Portugal na altura, impediu que o público pudesse ter acesso a esta obra.

Ficha técnica: Argumento, Realização e Produção - João Brehm / Fotografia - Mário Cabrita Gil /Música original - António de Sousa Dias / Voz off - João Perry /Som - Carlos Alberto Lopes / Montagem - Ana Silva / Operador de imagem - Adão Gigante / Decoração e Efeitos Especiais - Luisa Brehm / Direcção de Produção - Oscar Cruz / Assistente de cena (1ªfase) e produção (2ª fase) Rosa Reis / electricistas e maquinistas que só vêm nos genéricos dos filmes e que são os grandes operários do cinema / o corvo Nicolau do Jardim Zoológico de Lisboa, etc.
Colaboradores da 1ª fase: Antónia Seabra (directora de produção) /Alexandre Gonçalves (operador de imagem) /Paola Porru (operadora de som) / Tino Guimarães (iluminador) /João Brandão (ass. real.) etc.
Formato 16mm a cores, com a duração de 90 minutos.
E o resto, é ver o filme...

Passa, como em baixo se diz, na Sociedade Portuguesa de Autores, às 18h30 de 16 Dezembro na Av. Duque de Loulé, 31, em Lisboa.
Tel: 213594400

sábado, 5 de dezembro de 2009

Andromeda e Via Lactea



Expanded Galaxies: 800 x 70 cm, compostas por 13 painéis.

Eyes Only na Fábrica Braço de Prata




Tendo-se interessado pelo universo cósmico desde as suas primeiras obras (Volumes no Espaço, 1969-70) e com passagens pela land art (A Viagem, 1973), arte conceptual (1974) e estudo de paisagens extraterrestres (Além-paisagens, 1971-77), o autor, servindo-se propositadamente dos meios mais tradicionais (a pintura), desenvolveu nos últimos anos um sistema pictórico à base de pontos, utilizando sprays, vários tipos de projecção de tintas, cores metalizadas e fluorescentes, e diversas outras técnicas exploratórias, em que os pingos de tinta não são resultado aleatório de uma expressão abstracta ou puramente visual, mas pelo contrário, objectos concretos.

Tudo o que existe é constituído por pontos (átomos, partículas, planetas, etc) e o infinitamente grande obedece às mesmas leis que o infinitamente pequeno.


Eyes Only é composto por vários pólos:

Os Galactic Charts são pinturas em que o autor ironiza sobre a impossibilidade de classificação de todas as coisas reais e imaginárias. Nestes trabalhos (de uma série de 20 realizados entre 2005 e 2006) o autor cataloga estrelas, galáxias e outros corpos celestes criados por si, numa atitude poética de confronto entre a ciência e a arte. Na montagem desta exposição, constituem um contraponto às Expanded Galaxies, que são trabalhos mais recentes.
Cosmic Points (2006-07) são uma amostra do levantamento de vários sectores do universo usando diversas formas de tratamento do espaço e da cor, no seguimento de Katalog - Catálogo dos Corpos Celestes, obra ciclópica iniciada em 1978 e em construção permanente. Daqui a ideia de tríptico (Light - Counterlight - Reflexion) que utiliza diferentes conceitos do uso da pintura.
As Expanded Galaxies são recriações das chamadas galáxias gémeas, a Via Lactea (2008-09) e a Andromeda (2009), tratadas no entanto de forma muito diferente. Uma de perfil e a outra numa perspectiva impossível de ser captada da Terra: vista de “baixo” como que observada de um ponto do espaço oposto e simétrico ao da Terra. Cada uma é constituída por 13 painéis propositadamente separados por 13 cm (não está o universo em expansão?).
Em NeutrinoPhaseOne (parte de uma série de 28 trabalhos de 2009 ainda em curso) o autor debruça-se igualmente sobre o mundo sub atómico. Durante muito tempo julgou-se que os neutrinos, partículas de carga nula e massa muito fraca ( infotografáveis), eram a componente essencial do universo. Nestes trabalhos, a tela é abandonada em prol de uma superfície totalmente rígida e lisa onde se cria um universo metalizado, sem atmosfera nem vácuo, um sistema em que a profundidade do espaço, o movimento aparente e a luz, possam no entanto existir.
Os Stellar Atlas (livros pintados à mão desde 2005 e sempre em construção) são cadernos de estudos onde muitas das experiências são registadas.


Having been interested in the Cosmic universe since its earliest works (Volumes in Space, 1969-70) and with passages by land art (A Viagem, 1973), conceptual art (1974) and study of extraterrestrial landscapes (Outer-landscapes, 1971-77), the author, serving himself purposely of the most traditional means (the painting), has developed in recent years a pictorial system based on points, using sprays, various types of paint projection, metallized and fluorescent colors, and several other exploratory techniques, Where the ink drops are not a random result of an abstract or purely visual expression, but rather concrete objects.

All that exists consists of points (atoms, particles, planets, etc.) and the infinitely large obeys the same laws as the infinitely small.

Eyes Only consists of several poles:

The Galactic Charts are paintings in which the author ironizes about the impossibility of classifying all real and imaginary things. In these works (from a series of 20 conducted between 2005 and 2006) the author cataloging stars, galaxies and others celestial bodies created by themselves, in a poetic attitude of confrontation between science and art. In the Assembly of this exhibition, they constitute a counterpoint to the Expanded Galaxies, which are more recent works. 
Cosmic Points (2006-07) are a sample of the survey of various sectors of the universe using various forms of treatment of space and color, following the Katalog-catalog of celestial bodies, cyclical work initiated in 1978 and in permanent construction. Hence the idea of triptych (light-counterlight-reflexion) that uses different concepts of the use of painting.
The Expanded Galaxies are recreations of the so-called twin galaxies, the Milky Way (2008-09) and the Andromeda (2009), treated however in a very different way. One profile and the other in an impossible perspective to be captured from the Earth: A view of "low" as observed from a point of the opposite space and symmetrical to that of the Earth. Each one consists of 13 panels purposely separated by 13 cm (is not the universe expanding?).
In NeutrinoPhaseOne (part of a series of 28 works of 2009 still underway) the author also focuses on the sub atomic world. For a long time it was thought that neutrinos, particles of zero load and very weak mass (unphotographed), were the essential component of the universe. In these works, the canvas is abandoned in favor of a totally rigid and smooth surface where a metallized universe is created, without atmosphere or vacuum, a system in which the depth of space, the apparent movement and the light, may however exist.
The Stellar Atlas (hand-painted books since 2005 and always under construction) are notebooks of studies where many of the experiences are recorded.